Francisco R. Fonseca, PUC-Rio – MSc
A busca por uma matriz limpa de geração de energia vem incentivando a expansão de fontes alternativas de geração de energia ao redor do mundo. No Brasil, Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs) e Usinas a Biomassa de Cana de Açúcar (Biomassa) vêm se mostrando alternativas atraentes nos últimos anos. No entanto, ambas as tecnologias são caracterizadas por perfis de geração sazonais (mas complementares). Este fato gera riscos que por muitas vezes inviabilizam a comercialização de maneira individual da energia produzida por essas usinas. As PCHs, em particular, têm uma opção de mitigação de parte desse risco participando do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). O MRE traz às PCHs a flexibilidade de sazonalizar sua Garantia Física ao longo do ano, o que se mostra uma ferramenta adicional para mitigar o risco da sazonalidade da geração hidráulica no Brasil. Neste trabalho, será estudado como a combinação de PCHs e Biomassas em um mesmo portfólio pode trazer ganhos sinérgicos para os Geradores. Em particular, será estudado como essa combinação altera a estratégia de sazonalização da Garantia Física da PCH participante do MRE e como essa sazonalização diferenciada resulta em benefícios para os geradores. Para isto, será proposto um modelo de otimização estocástica utilizado para simular o processo decisório de como sazonalizar a Garantia Física de PCHs combinadas com Biomassas em uma proporção fixa ou no contexto de otimização de portfólios compostos por estes dois tipos de usinas. Serão apresentados estudos de caso mostrando diferentes estratégias de comercialização de energia por parte destes Geradores e como a decisão de sazonalização da Garantia Física da PCH se comporta em cada um desses casos.
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Rafael Kelman, COPPE/UFRJ – DSc
O planejamento coordenado entre os setores de energia elétrica e gás natural é importante de forma a assegurar um suprimento energético confiável, principalmente em países com recente aumento da presença do gás natural em suas matrizes energéticas. Este e o caso do Brasil, que instalou cerca de sete mil megawatts de usinas térmicas após a construção do gasoduto Bolívia-Brasil. Infelizmente no Brasil estes setores se desenvolveram de forma desarticulada, gerando dificuldades de suprimento. Esta tese apresenta problemas de programação matemática para o planejamento ótimo da operação e da expansão coordenada energia elétrica-gás natural. No caso do planejamento da expansão, o problema consiste em definir quais projetos candidatos deverão ser construídos e quando, de maneira a atender a demanda de energia elétrica e gás natural ao menor custo esperado. Na segunda parte da tese são estudados os mecanismos de mercado que induziriam a expansão eficiente destes setores, com aplicações para projetos usando GNL e outros.
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