O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e a PSR lançaram em maio o “Roadmap: Caminhos do Setor Empresarial Brasileiro na Transição Energética Nacional”. O relatório apresenta um variado menu de opções de descarbonização para empresas de diferentes segmentos da economia brasileira.

Feito a partir de 22 entrevistas realizadas pela PSR e o CEBDS com representantes das empresas associadas à instituição de sustentabilidade, o estudo traz soluções adotadas pelo setor empresarial para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. No documento, também são detalhadas tecnologias promissoras com atuação transversal para redução das emissões, assim como soluções customizadas àquelas atividades com difícil abatimento de emissões.

Os compromissos empresariais levam em conta as emissões diretas de suas operações (escopo 1); indiretas, relativas à compra de eletricidade (escopo 2); e, em alguns casos, oriundas de sua cadeia de valor (escopo 3). Neste último caso, há uma diversidade de políticas em curso, desde incentivos às boas práticas, como a premiação de fornecedores, até a definição de requisitos compulsórios a serem atendidos nos próximos anos.

O Roadmap identifica oportunidades de negócios para o setor produtivo nacional alinhadas à transição para uma economia neutra em carbono até 2050. A diversidade das iniciativas relatadas é bastante rica e reforça que o Brasil pode ocupar posição de protagonismo na agenda climática global.

O estudo avalia ainda vantagens comparativas do Brasil e oportunidades de novos negócios perseguidas por muitas empresas e que estão alinhados à agenda climática. Por outro lado, também destaca, sempre que pertinente, as principais barreiras e os desafios a serem superados.

Uma das conclusões apontadas, por exemplo, é que, para empresas com operações globais, o Brasil é percebido como um país com grandes oportunidades para o atendimento de metas de redução de emissões globais e investimento em fontes renováveis de energia com tecnologias já bastante empregadas localmente. Entre elas, estão a fonte solar fotovoltaica e a eólica onshore. Mas também há percepção de que o Brasil tem oportunidades para tecnologia promissora, incluindo eólicas offshore, potencialmente acopladas à produção de hidrogênio verde. Estas possibilidades são especialmente interessantes para as empresas de óleo e gás que estão migrando suas atividades para tornarem-se companhias integradas de energia.

O estudo pode ser acessado através do link.