PSR anuncia novo SDDP 16 com novidades para a modelagem de renováveis e detalhamento horário da operação

PSR anuncia novo SDDP 16 com novidades para a modelagem de renováveis e detalhamento horário da operação

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9 de junho de 2020

Novas funcionalidades alavancam as análises da flexibilidade operativa dos sistemas de seus clientes em todo mundo

No dia 3 de junho a PSR lançou a versão 16 do seu modelo de otimização operativa estocástica SDDP. O SDDP é referência global há quase trinta anos, e aplicado atualmente em mais de setenta países nas Américas, Europa, Ásia-Pacífico e África, em sistemas com grande variedade de capacidade instalada (incluindo alguns dos maiores do mundo, como o NordPool, Costa Oeste dos EUA, Canadá e Brasil) e de graus de desenvolvimento econômico/desenhos de mercado (por exemplo, Escandinávia e Nova Zelândia; América Latina e Leste da Ásia; e países na África).

Luiz Carlos da Costa, gerente de desenvolvimento do SDDP, comenta que as principais novidades desta versão estão relacionadas com a modelagem detalhada de eólicas e solares, um tema de grande interesse em todo o mundo: ”a primeira novidade é a incorporação do Time Series Lab (TSL), nova ferramenta da PSR que produz cenários estocásticos horários de geração de energia destas fontes. Um primeiro desafio para a produção destes cenários é a ausência de registros históricos consolidados para as renováveis, como os das hidrelétricas”. De acordo com o engenheiro da PSR Alessandro Soares, o TSL prepara um histórico de geração horária de energia para cada parque solar/eólico existente e candidato a partir de informações de bancos de dados globais de registros (reconstituídos) de velocidade do vento e radiação solar para cada ponto do planeta: ”estas informações são refinadas com dados eólicos/solares medidos de parques vizinhos, e transformadas em geração de energia usando os parâmetros técnicos das turbinas, painéis etc. de cada parque”. O segundo desafio é a modelagem estocástica destas renováveis, bem mais complexa do que a de vazões. Esta modelagem, baseada em redes bayesianas, foi desenvolvida pela PSR, como explica o engenheiro Júlio Alberto Dias: “ela permite produzir cenários integrados de geração eólica e solar horária que representam as correlações espaciais destas fontes entre si e com as vazões semanais/mensais das hidrelétricas”.

A segunda novidade é o maior detalhamento da representação horária nas simulações probabilísticas como, por exemplo, a modelagem de tempos de viagem da água, rampas de subida e descida para hidrelétricas, contratos e reservatórios de combustível. De acordo com o engenheiro da PSR André Dias, que coordenou estes desenvolvimentos “as novas funcionalidades detalhadas, somadas a diversas outras já disponíveis na versão anterior do SDDP, se mostraram essenciais para capturar o comportamento dos preços horários”.

Esta versão também conta com outras funcionalidades como a representação de cotas de emissão por poluente, cenários de preço de combustível, flexibilização de contratos de Take-or-Pay com cláusulas de make-up e carry forward, granularidade horária para representação da demanda com resposta a preço. A lista completa pode ser encontrada aqui.

O modelo SDDP é utilizado por investidores, comercializadores, consultores, agências governamentais e operadores para simular sistemas de energia complexos, com horizontes variando de dias a décadas, resolução horária, otimização do armazenamento em múltiplas escalas de tempo (reservatórios hidrelétricos, usinas reversíveis, baterias etc.), modelagem estocástica de vazões, eólicas, solar e demandas, e representação detalhada de usinas termelétricas (“unit commitment”, restrições de rampa etc.) e da rede de transmissão. Em 2019, o SDDP foi executado mais de 50 mil vezes pelos clientes da PSR. Uma das razões para a da liderança da PSR por tantos anos é o investimento próprio permanente em pesquisa, inovação e implantação de metodologias avançadas. Diversos algoritmos desenvolvidos pela equipe desde a PDDE (programação dinâmica dual estocástica) original foram adotados pela indústria elétrica, e totalizam mais de 8.000 citações na literatura científica.